Álbum Velo de Caetano Veloso - Canciones

Velo

Listado de canciones del álbum Velo

  1. Podres PoderesVer letra 4:19

    [X]

    letra de Podres Poderes

    Enquanto os homens exercem
    Seus podres poderes
    Motos e fuscas avançam
    Os sinais vermelhos
    E perdem os verdes
    Somos uns boçais

    Queria querer gritar
    Setecentas mil vezes
    Como são lindos
    Como são lindos os burgueses
    E os japoneses
    Mas tudo é muito mais

    Será que nunca faremos senão confirmar
    A incompetência da América católica
    Que sempre precisará de ridículos tiranos
    Será, será, que será?
    Que será, que será?
    Será que esta minha estúpida retórica
    Terá que soar, terá que se ouvir
    Por mais zil anos

    Enquanto os homens exercem
    Seus podres poderes
    Índios e padres e bichas
    Negros e mulheres
    E adolescentes
    Fazem o carnaval

    Queria querer cantar afinado com eles
    Silenciar em respeito ao seu transe num êxtase
    Ser indecente
    Mas tudo é muito mau

    Ou então cada paisano e cada capataz
    Com sua burrice fará jorrar sangue demais
    Nos pantanais, nas cidades
    Caatingas e nos gerais

    Será que apenas os hermetismos pascoais
    E os tons, os mil tons
    Seus sons e seus dons geniais
    Nos salvam, nos salvarão
    Dessas trevas e nada mais

    Enquanto os homens exercem
    Seus podres poderes
    Morrer e matar de fome
    De raiva e de sede
    São tantas vezes
    Gestos naturais

    Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
    Daqueles que velam pela alegria do mundo
    Indo e mais fundo
    Tins e bens e tais

    Será que nunca faremos senão confirmar
    Na incompetência da América católica
    Que sempre precisará de ridículos tiranos
    Será, será, que será?
    Que será, que será?
    Será que essa minha estúpida retórica
    Terá que soar, terá que se ouvir
    Por mais zil anos

    Ou então cada paisano e cada capataz
    Com sua burrice fará jorrar sangue demais
    Nos pantanais, nas cidades
    Caatingas e nos gerais

    Será que apenas
    Os hermetismos pascoais
    E os tons, os mil tons
    Seus sons e seus dons geniais
    Nos salvam, nos salvarão
    Dessas trevas e nada mais

    Enquanto os homens
    Exercem seus podres poderes
    Morrer e matar de fome
    De raiva e de sede
    São tantas vezes
    Gestos naturais

    Eu quero aproximar
    O meu cantar vagabundo
    Daqueles que velam
    Pela alegria do mundo
    Indo mais fundo
    Tins e bens e tais!
    Indo mais fundo
    Tins e bens e tais!
    Indo mais fundo
    Tins e bens e tais!

  2. PulsarVer letra 1:01

    [X]

    letra de Pulsar

    Onde quer que você esteja
    Em Marte ou Eldorado
    Abra a janela e veja
    O pulsar quase mudo
    Abraço de anos-luz
    Que nenhum sol aquece
    E o oco escuro esquece

    Composición: Augusto De Campos, Caetano Veloso
  3. Nine Out Of TenVer letra 4:29

    [X]

    letra de Nine Out Of Ten

    Walk down Portobello road to the sound of reggae
    I'm alive
    The age of gold, yes the age of
    The age of old
    The age of gold
    The age of music is past
    I hear them talk as I walk
    Yes, I hear them talk
    I hear they say
    Expect the final blast

    Walk down Portobello road to the sound of reggae
    I'm alive
    I'm alive and vivo muito vivo, vivo, vivo
    Feel the sound of music banging in my belly, belly, belly, belly
    Know that one day I must die
    I'm alive
    And I know that one day I must die
    I'm alive
    Yes, I know that one day I must die
    I'm alive

    I'm alive and vivo muito vivo, vivo, vivo
    In the eletric cinema or on the telly, telly, telly, telly
    Nine out of ten movie stars make me cry
    I'm alive
    And nine out of ten movie stars make me cry
    I'm alive
    Nine out of ten movies stars make me cry
    I'm alive
    Nine out of ten films stars make me cry
    I'm alive
    Nine out of ten movie stars make me cry
    I'm alive

    Composición: Caetano Veloso
  4. O Homem VelhoVer letra 4:08

    [X]

    letra de O Homem Velho

    O homem velho deixa a vida e morte para trás
    Cabeça a prumo, segue rumo e nunca, nunca mais
    O grande espelho que é o mundo ousaria refletir os seus sinais
    O homem velho é o rei dos animais

    A solidão agora é sólida, uma pedra ao sol
    As linhas do destino nas mãos a mão apagou
    Ele já tem a alma saturada de poesia, soul e rock'n'roll
    As coisas migram e ele serve de farol

    A carne, a arte arde, a tarde cai
    No abismo das esquinas
    A brisa leve traz o olor fulgaz
    Do sexo das meninas

    Luz fria, seus cabelos têm tristeza de néon
    Belezas, dores e alegrias passam sem um som
    Eu vejo o homem velho rindo numa curva do caminho de Hebron
    E ao seu olhar tudo que é cor muda de tom

    Os filhos, filmes, ditos, livros como um vendaval
    Espalham-no além da ilusão do seu ser pessoal
    Mas ele dói e brilha único, indivíduo, maravilha sem igual
    Já tem coragem de saber que é imortal

    Composición: Caetano Veloso
  5. ComeuVer letra 2:02

    [X]

    letra de Comeu

    Ela comeu meu coração
    Trincou, mordeu, mastigou, engoliu
    Comeu o meu

    Ela comeu meu coração
    Mascou, moeu, triturou, deglutiu
    Comeu o meu

    Ela comeu meu coraçãozinho de galinha num xinxim
    Ai de mim!
    Ela comeu meu coraçãozão de leão naquele sonho medonho
    E ainda me disse que é assim que se faz
    Um grande poeta

    Uma loura tem que comer seu coração
    Não, eu só quero ser um campeão da canção
    Um ídolo, um pateta, um mito da multidão

    Mas ela não entendeu minha intenção
    Tragou, sorveu, degustou, ingeriu
    Comeu o meu

    Ela comeu meu coração
    Tragou, sorveu, degustou, ingeriu
    Comeu o meu

    Composición: Caetano Veloso
  6. Vivendo Em PazVer letra 2:45

    [X]

    letra de Vivendo Em Paz

    Quem se salva nessa brasa, quem acende um fogo novo
    Cruza a crise, colhe a calma
    Alegra a alma desse povo
    Vive em paz e harmonia
    Abre a porta da alegria
    Amor, meu amor, minha vida
    Meu sonho, meu caso
    Te amo, te adoro, contigo eu me caso
    Agora aqui fora ou dentro de nós
    Na dança, na lança, na tranca
    Trocando carícias
    Cantando ou calados
    Curtindo delícias
    Querendo, sabendo, vivendo em paz

    Composición: Tuzé De Abreu
  7. O QuereresVer letra 2:58

    [X]

    letra de O Quereres

    Onde queres revólver, sou coqueiro
    E onde queres dinheiro, sou paixão
    Onde queres descanso, sou desejo
    E onde sou só desejo, queres não
    E onde não queres nada, nada falta
    E onde voas bem alto, eu sou o chão
    E onde pisas o chão, minha alma salta
    E ganha liberdade na amplidão

    Onde queres família, sou maluco
    E onde queres romântico, burguês
    Onde queres Leblon, sou Pernambuco
    E onde queres eunuco, garanhão
    Onde queres o sim e o não, talvez
    E onde vês, eu não vislumbro razão
    Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
    E onde queres cowboy, eu sou chinês

    Ah, bruta flor do querer
    Ah, bruta flor, bruta flor

    Onde queres o ato, eu sou o espírito
    E onde queres ternura, eu sou tesão
    Onde queres o livre, decassílabo
    E onde buscas o anjo, sou mulher
    Onde queres prazer, sou o que dói
    E onde queres tortura, mansidão
    Onde queres um lar, revolução
    E onde queres bandido, sou herói

    Eu queria querer-te amar o amor
    Construir-nos dulcíssima prisão
    Encontrar a mais justa adequação
    Tudo métrica e rima e nunca dor
    Mas a vida é real e é de viés
    E vê só que cilada o amor me armou
    Eu te quero e não queres como sou
    Não te quero e não queres como és

    Ah, bruta flor do querer
    Ah, bruta flor, bruta flor

    Onde queres comício, flipper-vídeo
    E onde queres romance, rock'n roll
    Onde queres a Lua, eu sou o Sol
    E onde a pura natura, o inseticídio
    Onde queres mistério, eu sou a luz
    E onde queres um canto, o mundo inteiro
    Onde queres quaresma, fevereiro
    E onde queres coqueiro, eu sou obus

    O quereres estares sempre a fim
    Do que em mim é de mim tão desigual
    Faz-me querer-te bem, querer-te mal
    Bem a ti, mal ao quereres assim
    Infinitivamente pessoal
    E eu querendo querer-te sem ter fim
    E, querendo-te, aprender o total
    Do querer que há, e do que não há em mim

    Composición: Caetano Veloso
  8. GrafittiVer letra 2:09

    [X]

    letra de Grafitti

    Jogo rápido, língua ligeira, olhos arregalados
    Passam o meu e o seu nomes ligados
    Por uma seta de Cupido, filho de Afrodite
    O nosso amor é um coração colossal de grafitti
    Nos flancos de um trem de metrô
    A nossa carne é toda feita de flama e de fama
    O rumor do nosso caso de amor
    Não se confina a boatos, bares e boates
    Conquista as estações, incendeia a praça escarlate
    Inflama o aconchego dos lares
    Todos os satélites se viram pelo mundo afora
    Para transmitir o nosso som, a nossa luz, nossa hora
    E nosso beijo que sempre começa na boca e só acaba na poça
    Video Clip Futurista
    Porque o mundo, ele é assim, ele é nossa conquista
    Andy Warhol mil vezes na TV disse:
    - "No gossips, Miss"
    Darling, querida
    Vê se te toca
    Leva tua vida sem fuxico nem fofoca…

    Composición: Antonio Cicero, Caetano Veloso, Waly Salomão
  9. SorveteVer letra 3:18

    [X]

    letra de Sorvete

    No que ela fez isso comigo
    Era nunca mais ser seu amigo, nem inimigo
    Nunca mais namorado, apaixonado
    E eu e eu e eu sou
    E eu e eu e eu sou

    No que ela não quis o meu risco
    Era soprar do olho esse cisco
    Que eu já nem pisco
    Não dar mais energia, minha alegria
    E eu e eu e eu dou
    E eu e eu e eu dou

    Feras lutam dentro da noite, normal
    Todos os insetos, os do belo e os do mal
    Anjos e demônios, o amor tomava conta de mim

    Ela loura e negra, querubim e animal
    Sobre os monstros da paixão, controle total
    Burra, sábia, deusa, mulher, menino e mandarim

    Mas ela não quis meu sorvete
    Por que gravá-la em vídeocassete, jogar confete
    Franquear minha guia
    Ir à Bahia
    E eu e eu e eu vou
    E eu e eu e eu vou

    Composición: Caetano Veloso
  10. Shy MoonVer letra 4:32

    [X]

    letra de Shy Moon

    Shy Moon
    Hiding in the haze
    I can see your white face
    Hope you can hear my tune

    Shy Moon
    Why didn't you stop her?
    Don't you know I suffer?
    And you'll watch me cry soon

    Shy Moon
    Glow through the pollution
    Find me a solution
    I'll wait on the high dune
    Shy Moon

    Composición: Caetano VelosoMúsicos invitados: Ritchie (Vocals)
  11. LinguaVer letra 4:10

    [X]

    letra de Lingua

    Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
    Gosto de ser e de estar
    E quero me dedicar a criar confusões de prosódias
    E uma profusão de paródias
    Que encurtem dores
    E furtem cores como camaleões
    Gosto do Pessoa na pessoa
    Da rosa no Rosa
    E sei que a poesia está para a prosa
    Assim como o amor está para a amizade
    E quem há de negar que esta lhe é superior?
    E deixe os Portugais morrerem à míngua
    Minha pátria é minha língua
    Fala Mangueira! Fala!

    Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
    O que quer
    O que pode esta língua?

    Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
    E o falso inglês relax dos surfistas
    Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
    Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
    E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
    E (xeque-mate) explique-nos Luanda
    Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
    Sejamos o lobo do lobo do homem
    Lobo do lobo do lobo do homem
    Adoro nomes
    Nomes em ã
    De coisas como rã e ímã
    Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
    Nomes de nomes
    Como Scarlet, Moon, de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé
    E Maria da Fé

    Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
    O que quer
    O que pode esta língua?

    Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção
    Está provado que só é possível filosofar em alemão
    Blitz quer dizer corisco
    Hollywood quer dizer Azevedo
    E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo
    A língua é minha pátria
    E eu não tenho pátria, tenho mátria
    E quero frátria
    Poesia concreta, prosa caótica
    Ótica futura
    Samba-rap, chic-left com banana

    (Será que ele está no Pão de Açúcar?
    Tá craude brô
    Você e tu
    Lhe amo
    Qué queu te faço, nego?
    Bote ligeiro!
    Ma'de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado!
    Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho!
    I like to spend some time in Mozambique
    Arigatô, arigatô!)

    Nós canto-falamos como quem inveja negros
    Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
    Livros, discos, vídeos à mancheia
    E deixa que digam, que pensem, que falem

    Composición: Caetano VelosoMúsicos invitados: Elza Soares (Vocals)

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